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Trabalho 2

Atualizado: 4 de set. de 2019

Para o segunda trabalho, optei por refletir sobre dois dos textos indicados, que, em minha visão, se complementam muito bem. São eles: " 21 Lições Para o Século 21. Capítulo 5: Os Humanos têm Corpos " e "The world is not a desktop ".



Ao ler os dois textos, percebi uma questão central rondando ambos, o da tecnologia em nossa vidas, e em como, atualmente, ela vem nos tomando por completo.


Em seu texto Mark Weiser comenta diversas vezes como a tecnologia deve ser um meio para determinado fim, e não o próprio fim. O autor defende como uma boa tecnologia é aquela que se torna invisível durante o uso, sem se tornar intrusa na vida dos usuários, sem se tornar o centro das atenções.


Algo que gostei muito do texto é uma metáfora comparando a infância com os computadores. A infância é uma época de construção de valores, de ideias, de aprendizado constante, e que é rapidamente esquecida quando crescemos, mas sempre permanecendo em no fundo de nossas mentes. Para o autor, os computadores também deveriam seguir essa abordagem, nos auxiliar, funcionar como um reforço, uma base, sem nos tomar por completo.


Em uma época de tantas novidades e inovações, é fácil sentir uma certa "invasão" da tecnologia em nossas vidas. Para lidar com isso, é muito importante que entendamos que o próprio conceito e razão de existir da tecnologia é a de nos apoiar e ajudar, impulsionando nossas capacidades, e não tomando nossa atenção e esforço.


Em "Os Humanos têm Corpos ", título do quinto capítulo do livro de Yuval Noah Harari, o autor reflete sobre o posicionamento do Facebook em relação ao futuro da tecnologia e sua influência nas relações humanas. Esse texto me marcou bastante, pois enfatiza muito o próprio nome do capítulo, "os humanos tem corpos". Acredito que essa frase sozinha já seja capaz de, de certa forma, criticar e colocar em cheque muitas das tendências tecnológicas contemporâneas, no sentido de que nos últimos tempos, temos perdido a capacidade e o interesse em sentir gostos e cheiros, em aproveitar conversas, passeios, e outras diversas experiências supostamente intrínsecas ao ser-humano. Em vez disso, temos sido absorvidos por tecnologias que criamos para nos auxiliar, tecnologias que, segundo Weiser, deveriam ser invisíveis, mas que estão, cada vez mais, se tornando o centro das atenções.


Mark Zuckerberg diz que o Facebook está comprometido a “continuar aperfeiçoando nossas ferramentas para dar a você o poder de compartilhar suas experiências com os outros”. Mas será que esse experimento de engenharia social tão ambicioso poderá de fato ser saudável e benéfico para as comunidades humanas? Será que vale realmente a pena tentar criar essas grandes comunidades on-line ao custo de perdermos tantas experiências próprias, causando possíveis rupturas nas comunidades íntimas locais?

São inegáveis os benefícios da tecnologia, da globalização e das redes sociais, mas precisamos aprender a viver em harmonia com todos esse fatores, balanceando nossa atenção e reconhecendo o valor das vivências particulares.


Acredito que as reflexões desses textos sejam fundamentais para qualquer designer de mídia digital, pois enquanto buscamos incansavelmente por novas tecnologias que ampliem as vivências humanas, não percebemos que, muitas vezes, essas mesmas tecnologias nos distanciam de muitas outras vivências e experiências sensoriais e emocionais.


Portando, após essa reflexão, passo a propor a mim mesmo formas diferentes de abordar e pensar a expansão dos sentidos, entendendo que, muitas vezes, as respostas se encontram onde menos esperamos, em nós mesmos.





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