Para o trabalho sobre sensores, escolhi um projeto da empresa Super Uber em parceria com a Microsoft, para a o show do Lollapalooza da DJ Alison Wonderland.
O projeto consiste na criação de visuais generativos estilizados que emulam o corpo e movimentos da DJ com o uso sensor de movimento "Kinect".
São utilizados dois sensores, um na frente do DJ, capturando as expressões faciais, e um atrás, que captura o movimento do corpo.
Além dos sensores, a Super Uber também desenvolveu dez efeitos visuais que interagem e se mesclam com as imagens captadas pelos sensores, visando criar efeitos gráficos mais interessantes e estilizados. Esses efeitos podem ser controlados pela DJ por meio de um laptop touch screen em sua mesa.
Gostei muito da ideia desse projeto, e vejo um enorme potencial em relação à utilização de sensores em shows e apresentações. Acho muito interessante como, nesse caso, os sensores podem auxiliar a DJ a se conectar com o público, criando uma experiência mais intensa e imersiva para o público e permitindo que a DJ se expresse para além da música.
Acredito, contudo, que existem aspectos que podiam ser melhorados e evoluídos neste projeto. uma de minhas ressalvas é em relação a criação dos dez efeitos pré definidos, que, apesar de interessantes, não são fruto direto da DJ, mas do computador.
A grande ideia do projeto é captar e traduzir a energia e sentimentos da DJ. Portanto, acredito que seria muito mais interessante se houvessem outras formas de alterar e criar efeitos, além da manipulação dos efeitos pré definidos no laptop. Isso poderia ser feito com o uso de outros sensores, que poderiam gerar visuais de forma mais orgânica e natural.
Um sensor de calor, por exemplo, poderia ler a temperatura da DJ e manifestar essa informação de forma visual. Outra ideia interessante seria captar a alteração nos batimentos cardíacos da DJ, gerando visuais altamente subjetivos ligados diretamente ao coração da artista.
Também acredito que seria muito interessante caso os efeitos visuais também fossem projetados no chão, além de nas paredes. Essa ideia poderia trabalhar muito bem com sensores de pressão, que poderiam alterar o visual do chão de acordo com a movimentação da própria plateia, criando um ambiente muito mais interativo e imersivo. Dessa forma, poderiam ser criadas experiências únicas e muito subjetivas, dando protagonismo também para a plateia.
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